LHC volta a estar em marcha

LHC volta a estar em marcha
Acelerador de partículas deverá atingir 14 mil milhões de electrões Volt
2010-03-01

LHC esteve parado para manutenção e reajustes técnicos.
Após ter estado parado desde Dezembro passado, para manutenção e reajustes técnicos, o acelerador de partículas do CERN – Organização Europeia para a Investigação Nuclear voltou a actividade este fim-de-semana.
Os feixes de partículas circulam novamente no LHC (Large Hadron Collider), situado a cem metros debaixo da terra, e antes disso tinha batido o recorde de energia – uma colisão de feixes de 1,18 TeV (Tera electron-volts) cada um. Embora seja um número impressionante, segundo o CERN, ainda não permite alcançar os resultados Físicos esperados.
Portanto, as colisões deverão ser mais violentas e espera-se que estas iniciem no final de Março, avançam os cientistas. As tentativas seguintes deverão atingir 3,5 TeV e, posteriormente, 5 TeV até ao final do ano. O LHC deverá gerar colisões próximas de 14 mil milhões de electrões Volt (14 TeV).
A partícula de Higgs é até hoje indetectável
Interesse das experiências recai na análise dos destroços produzidos aquando dos choques deixados no gravador. Ao provocar uma explosão de protões, estes darão lugar a novas partículas, tal como a partícula de Higgs – considerada uma “entidade" misteriosa pelo seu modelo standard, mas até hoje indetectável.

O mistério de Higgs
Prevê-se que a partícula de Higgs forneça massa a todas as outras existentes no universo. Há décadas os cientistas tentam encontrá-la através de aceleradores de partículas cada vez maiores, por ser uma partícula pesada (maciça).
Conseguir provar a sua existência seria uma verdadeira revolução no mundo dos teóricos, já que se considera a grande lacuna para poder explicar a origem da massa de todas as partículas. Contudo, ainda não deverá aparecer nos detectores do LHC este ano, porque os níveis de energia ainda são insuficientes. Mas, esperam-se outros resultados interessantes ao longo deste ano.

(Texto enviado por e-mail pela Professora Cândida Madureira)